7 passos para ajudar o mercado de cinema a sobreviver à crise do coronavírus 7 passos para ajudar o mercado de cinema a sobreviver à crise do coronavírus

7 passos para ajudar o mercado de cinema a sobreviver à crise do coronavírus

Apoiar financiamento coletivos, assistir a filmes em casa, fugir da pirataria e acompanhar empresas do setor pelas redes sociais ajudam o mercado de cinema em momento de crise

2 de abril de 2020 13:09
- Atualizado em 8 de julho de 2020 11:59

Ao longo das últimas semanas, o Brasil tem entrado em estado de quarentena. Com isso, salas fecharam e o mercado de cinema se viu paralisado. Distribuidoras tiveram que cancelar filmes, produtoras pararam gravações, atores perderam trabalhos e cinemas fecharam suas portas.

Com isso, surge uma dúvida: como posso ajudar o setor a enfrentar este momento difícil? Afinal, ao contrário de restaurantes e lanchonetes, não há um sistema de delivery que leve os cinemas para sua casa. Assim, essas empresas terão que enfrentar um período de faturamento próximo de zero.

Abaixo, confira sete iniciativas e maneiras de como você pode ajudar o setor a passar pela crise.

1. Acompanhe as redes sociais

Geralmente, clientes sabem de novidades e atualizações de cinemas, produtoras e distribuidoras durante a exibição de um filme ou passando no cinema. Agora, com as pessoas em isolamento social, é importante acompanhar suas empresas favoritas nas redes sociais. Assim, você saberá o que está acontecendo, quais as medidas tomadas e ações necessárias. Às vezes, um filme aguardado foi direto pra video on demand ou aquele cinema de rua, que você tanto gosta, abriu um financiamento coletivo.

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E sim, seguir o Filmelier também é uma alternativa – você pode nos acompanhar no Facebook, Twitter, Instagram e até no LinkedIn.

2. Consumir produtos do cinema

Dentro do mercado cinematográfico, um dos principais atingidos é o exibidor. Afinal, não há o que fazer com o espaço do cinema e as equipes, no geral, são grandes. Por isso, algumas redes estão buscando alternativas.

O Cinemark, por exemplo, intensificou a venda de pipocas prontas e para microondas em redes de mercado. Além disso, está realizando uma pesquisa para entender a viabilidade de vender produtos da bomboniere. Já a Cinesala, em Pinheiros, está vendendo pipoca antecipada para arrecadar recursos. Quando o cinema reabrir, só retirar a pipoca paga anteriormente.

E sim, a pipoca, de forma geral, é cara para a maioria dos bolsos dos brasileiros, mas é bom ressaltar que quase sempre o valor do ingresso não paga todos os custos do exibidor (a maior parte do dinheiro vai para a distribuidora, fora custos fixos com pessoal, aluguel, limpeza, impostos e por aí vai). É com a pipoca que a sala pagará o resto dos custos, além, obviamente, de ter lucro.

A Matilha Cultura também abriu um crowdfunding (crédito: divulgação/Matilha Cultural)

3. #CinemaEmCasa: pague e assista a filmes no streaming

Uma maneira que as distribuidoras encontraram para diminuir o prejuízo é antecipar lançamentos de filmes para streaming e video on demand. Por isso, é importante pagar pelos lançamentos ou, ainda, aproveitar lançamentos em plataformas de streaming. A distribuidora Imovision, por exemplo, fez uma parceria com a Globoplay e, lá, colocou vários filmes de seu catálogo. Se for bem sucedida, a parceria pode se prolongar e se tornar recorrente.

Aqui no Filmelier, indicamos as estreias da semana em streaming e VOD. O Belas Artes também conta com o próprio serviço de streaming, chamado À La Carte. Uma assinatura na plataforma contribui com o cinema de rua.

Você também pode assistir a filmes mais antigos, chamados de catálogo. São mais baratos (a partir de R$ 4,90 no iTunes/Apple TV ou R$ 2,90 no Google Play) e certamente esse dinheiro será um respiro para toda a cadeia da indústria do cinema, que inclui distribuidores, produtores, plataformas e etc. É uma alternativa que cabe mais no bolso em um momento de crise para todo mundo. Para encontrar esses longas, basta navegar pelo nosso site.

4. Assista a filmes na Netflix e no Amazon Prime Video

Ver filmes na Netflix, Amazon Prime Video e outras plataformas de streaming por assinatura também ajuda. No caso da Netflix, se um filme crescer em público isso pode estimular a empresa a renovar o contrato de licenciamento, remunerando mais uma vez os responsáveis por aquela produção. A plataforma pode, ainda, até encomendar filmes e séries originais com aquele elenco, diretores, produtores…

Já o Prime Video possui, em alguns títulos, um interessante mecanismo de remuneração: ele paga o dono do conteúdo pelo número de minutos e horas que a produção foi assistida pelos assinantes. Na prática, sem desembolsar nada a mais além dos R$ 9,90 mensais, você está aumentando o faturamento do seu filme favorito.

5. Fuja da pirataria

Caso não tenha ficado claro, é bom reforçar: a pirataria neste momento, de cinemas fechados, é ainda mais danosa para a indústria do cinema. Se você realmente gosta de filmes e quer ver seu diretor, ator ou atriz favoritos em novas produções futuramente, procure formas legais de ver esse conteúdo.

Se ninguém pagar pelo conteúdo (nem que seja, minimamente, por uma parceria bancada com publicidade ou o investimento em uma gratuidade para atrair novos assinantes), não teremos novos filmes. O mundo, afinal, é capitalista.

Como já falamos nos pontos anteriores: tem filmes antecipados, mais baratos e até de graça no streaming. Sem falar que a assinatura do Amazon Prime sai por R$ 9,90 por mês e, além do Prime Video, você ainda tem direito a frete grátis no e-commerce, o que é uma boa ajuda neste momento de comércio fechado em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

6. Apoie financiamentos coletivos

Várias empresas e artistas já estão apostando suas fichas no financiamento coletivo. O Petra Belas Artes, por exemplo, abriu uma campanha para arrecadar fundos e, assim, poder pagar contas básicas e funcionários. A Matilha Cultural, em SP, abriu financiamento pra reformar e se manter. Várias produtoras também estão tentando financiar seus filmes assim. É o caso da cinebiografia da cantora Gretchen e produções bem independentes.

7. Na retomada, apoie o cinema

Um momento complicado para os cinemas será, também, na retomada das atividades. Afinal, repetindo o que está acontecendo na China, os exibidores reabrirão as portas, mas com capacidade reduzida. É interessante, neste período, apoiar os cinemas da maneira que puder. Claro: sempre seguindo as ordens sanitárias e de distanciamento. Mas assistir a um filme, e matar a vontade de ficar na sala escura comendo pipoca, vai ajudar o cinema.