Netflix teve receita de US$ 2,8 bilhões na América Latina em 2019 Netflix teve receita de US$ 2,8 bilhões na América Latina em 2019

Netflix teve receita de US$ 2,8 bilhões na América Latina em 2019

Pela primeira vez, plataforma de streaming divulga números mais detalhes nas diferentes regiões do mundo

22 de janeiro de 2020 11:43
- Atualizado em 24 de janeiro de 2020 14:55

Depois de, pela primeira vez, divulgar o número de assinantes por regiões do mundo, a Netflix trouxe dados mais aprofundados dos mercados em que atua, incluindo fora dos Estados Unidos. Os detalhes foram revelados ontem (21), junto com os resultados financeiros da empresa no último trimestre de 2019.

De acordo com a carta aos acionistas, a Netflix possuía 31,4 milhões de assinantes na América Latina em 31 de dezembro, um crescimento de cerca de 2 milhões em relação ao trimestre anterior. Já a receita na região no último quarto do ano foi de US$ 746 milhões (mais de R$ 3,1 bilhões).

Durante todo o ano de 2019, a Netflix teve uma receita de US$ 2,8 bilhões na nossa região, quase R$ 12 bilhões. Para comparação, o Grupo Globo inteiro (incluindo TV aberta, paga, veículos impressos e tudo mais) alcançou a cifra de R$ 14,7 bilhões de receita líquida em 2018 (não há, ainda, números de 2019). Já a Televisa, outro destaque da América Latina, teve uma receita de US$ 5,4 bilhões (R$ 22 bilhões) no mesmo ano.

Nos Estados Unidos e no Canadá, onde a Netflix enfrentou os lançamento de Disney+ e Apple TV+, a plataforma cresceu em 550 mil o número de assinantes pagos, bem menos que os 1,75 milhão de adições no último trimestre de 2018 – mas, ainda assim, dentro do esperado. Agora, o serviço de streaming por assinatura chegou aos 66,7 milhões de assinantes na região, com uma receita anual de US$ 12,2 bilhões (R$ 51,3 bilhões).

Sede da Netflix em Los Gatos, Califórnia (crédito: divulgação / Netflix)

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“Muitas empresas de mídia e gigantes de tecnologia estão lançando serviços de streaming, reformando a grande tendência de transição do linear para o entretenimento via streaming”, analisou a empresa no comunicado aos investidores. “Isso está acontecendo em todo o mundo e ainda está em seus estágios iniciais, deixando espaço para muitos serviços crescerem enquanto a TV linear diminui. Nós temos uma boa dianteira no streaming e estamos empenhados em crescê-la focando na mesma coisa que focamos nos últimos 22 anos: em agradar os nossos assinantes. Nos acreditamos que se continuarmos a fazer isso, a Netflix continuará a prosperar”.

Os números atualizados do último trimestre do ano passado, por região:

  • Estados Unidos e Canadá: 67,66 milhões de assinaturas, receita de US$ 2,6 bilhões no trimestre.
  • Europa, Oriente Médio e África: 52,78 milhões de assinaturas, receita de US$ 1,56 bilhões no trimestre.
  • América Latina: 31,42 milhões de assinaturas, receita de US$ 746 milhões no trimestre.
  • Ásia e Pacífico: 16,24 milhões de assinaturas, receita de US$ 418 milhões no trimestre.

Em todo o mundo, eram 167,09 milhões de assinantes em 31 de dezembro, um crescimento de 20% no comparativo anual. Só no último trimestre de 2019 foram quase 9 milhões de novos assinantes. A receita anual total superou os US$ 20 bilhões (cerca de R$ 85 bilhões).

Vale ressaltar que o final do ano passado foi extremamente forte de lançamentos para a Netflix, em resposta a chegada de novos concorrentes. No período, chegaram à plataforma títulos como ‘O Irlandês‘, ‘História de Um Casamento‘, ‘The Witcher’, ‘Dois Papas‘, a terceira temporada de ‘The Crown’, ‘Klaus‘ e muito mais.